COBIÇA E DESONESTIDADE

          O Jornal do País.com.br, traz na sua manchete principal de 29/10/18, a seguinte frase: LULA É VÍTIMA DA PRÓPRIA COBIÇA, SOBERBA E DESONESTIDADE.  ACABOU PERDENDO TUDO QUE PENSAVA SER SEU.  Ainda nem foi julgado em todos os seus processos, e o ex-presidente Lula já está pagando por todos os seus pecados e crimes. 

          Ganancioso e arrogante, o petista foi duramente atingido pelas consequências de seus erros históricos e perdeu praticamente tudo que tinha. Ficou sem o tão querido sítio de Atibaia, sem o triplex, sem a cobertura em São Bernardo, sem o tesouro que roubou do Palácio do Planalto, sem a mulher, sem moral e sem credibilidade.

          Lula é o primeiro ex-presidente do país a ser condenado por crime de corrupção e lavagem de dinheiro.  Nunca o efeito bumerangue foi tão devastador na vida de um sujeito.  Faz lembrar uma das passagens poéticas do livro "Zorba, o Grego", de Nikos Kazantzákis: o diálogo de Buda e o Pastor.  Acompanhem:

          "Fui deitar-me em minha cabina e peguei um livro:  Buda governava ainda meus pensamentos.  Li o diálogo de Buda e o Pastor, que nos últimos tempos me dava paz e segurança:

O PASTOR: - minha refeição está pronta, minhas ovelhas cuidadas.  À porta de minha cabana está passando o ferrolho, e meu fogo está aceso.  E tu, céu, podes chover o quando quiseres.

BUDA: - não preciso mais nem de comida nem de leite.  Os ventos são meu teto, meu fogo se apagou.  E tu, céu, podes chover quando quiseres!

O PASTOR:  - tenho bois, tenho vacas, tenho os pastos de meu pai, e um touro para cobrir minhas vacas.  E tu, céu, podes chover quanto quiseres!

BUDA:  - não tenho bois nem vacas.  Não tenho pastos.  Não tenho nada.  Não tenho medo de nada.  E tu, céu, podes chover quanto quiseres!

O PASTOR: - tenho uma pastora dócil e fiel.  Há alguns anos ela é minha mulher, e sinto-me feliz em brincar com ela à noite.  E tu, céu, podes chover quando quiseres.

BUDA: - tenho uma alma dócil e livre.  Há alguns anos eu a exercito e ensino-lhe a brincar comigo. E tu, céu, podes chover quanto quiseres.

          Essas duas vozes falavam ainda quando veio o sono.  O vento se tinha levantado de novo, e as ondas quebravam sobre a escotilha de vidro grosso.  Eu vagava como fumaça entre a vigília e o sono.  Uma violenta tempestade caiu, os prados escureceram, os bois, as vacas e o touro foram tragados.  O vento arrancou o telhado da cabana e o fogo apagou-se.  A mulher deu um grito e caiu morta na lama. E o pastor começou a lamentar-se:  ele gritava, eu não entendia o que dizia, mas ele gritava: e eu mergulhava cada vez mais no sono, deslizando como um peixe no mar".

          Esse texto, que faz uma analogia de Lula com a estória do livro "Zorba, o Grego", termina aqui.  Porém, segue outros comentários alusivos ao primeiro parágrafo deste trabalho.  O jornal Imprensa Viva.com, também publicou o seguinte.  Vejam:

          O filósofo Michel de Montaigne escreveu, invocando Sêneca, que a natureza criou um só meio de entrar na vida, mas cem de sair dela. Algo semelhante se aplica ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  O petista que, em 2009, no auge da fama e da popularidade, foi considerado "o cara", pelo ex-presidente dos EUA, Barack Obama, poderia ter escolhido diversas maneiras de se despedir da vida pública.  Preferiu a pior delas, ou seja, debaixo da pecha de corrupto.

          Lula caminha célere rumo ao trágico desfecho de sua trajetória política.  Um vaticínio já se cumpriu: aquele cara, "o cara", acabou.  Virou um cadáver político insepulto.  Poderia ter sido diferente, mas como dizia Ulysses Guimarães: "o mal de Lula é que ele gosta de viver de obséquios". Lula de fato, viveu de "obséquios", e para alcançar e se manter no poder, Lula mandou às favas todos os escrúpulos que um dia jurou ter. 

          A ex-presidente Dilma Rousseff parece incapaz de conter as mágoas pelas sucessivas derrotas sofridas por ela e as principais lideranças de seu partido ao longo dos últimos anos.  A petista, que teve seu mandato presidencial cassado, após ter sido condenada pelo crime de responsabilidade fiscal no processo do impeachment em 2016, não conseguiu se eleger senadora por seu estado, Minas Gerais, nas eleições de outubro 2018.

          Em um de seus discursos, pós derrota, ela disse o seguinte:  "Para sermos capaz de fazer todas as alianças necessárias, com todos os segmentos, a gente fará aliança até com o diabo, para combate-los (se referia à política vencedora da direita), prometeu a petista sem esconder o rancor por fazer parte de um partido que foi associado a uma organização criminosa.

          Na audiência com a Juiza substituta de Sergio Moro, o próprio Lula se auto condenou, com as seguintes palavras: "Nunca foi tão fácil ser ladrão nesse país.  Você rouba, aí depois você faz a delação e fica com um terço do roubo ou dois terços do roubo". (Publicado no Jornal Imprensa Viva).

Conclusão:

"O homem que usa a desonestidade para ficar rico traz desgraça para sua família; quem é honesto e não aceita dinheiro "por fora" será abençoado por Deus".  (Provérbios, 15: 27)

A ressaca das últimas eleições (2018, ainda continua, mas os brasileiros ouviram o brado retumbante de Jair Bolsonaro: Brasil acima de tudo, Deus acima de todos!