domingo, 20 de agosto de 2017

PARÁBOLA DO CAMELO


Estórias empresariais

          Vou contar uma estória que é muito conhecida nos meios empresariais ou políticos, porque envolve uma questão de tempos e prazos.  Ouvi essa estória, e vou conta-la com minhas palavras. 


          ... Há muitos e muitos anos, havia um reino, onde o Rei era muito caprichoso, e gostava de lançar desafios.  Um sábio, que viajava pelas terras desse reinado, juntamente com seu discípulo, sentiu vontade de conhecer o recente desafio proposto pelo rei. 

          E assim, chegando ao palácio do rei ele disse: - Majestade, queremos conhecer o vosso desafio, e se possível, realizar o vosso desejo.  O rei então, assim falou:

          - Oh grande sábio, o desafio é o seguinte: você terá que fazer um camelo falar.  Caso consiga, terá uma recompensa em ouro!  Mas caso não consiga, será condenado à morte.  O sábio pensou, e disse ao rei:

          - Majestade, eu aceito o vosso desafio, mas para tal façanha, necessito de um prazo...  
Disse o rei: - Eu te concedo o prazo que precisar; quanto tempo acha que será preciso? 
O sábio respondeu: - Majestade, eu preciso de 20 anos!

          O rei titubeou, pensou, mas como palavra de rei não volta atrás, disse: - Está bem, eu te concedo esse prazo, mas se depois de 20 anos o camelo não falar, a morte será o teu destino.

          - Certo, respondeu o sábio, está combinado!  E a multidão que assistia ali bem próximo, manifestou sua euforia, com gritos de viva o rei, viva o sábio!!!

          Ao retirar-se do recinto ali do palácio, o discípulo do sábio protestou: - Mestre, que loucura tu cometeste!  Nem daqui a 50 ou 100 anos esse camelo falará!

          Mas o sábio, despreocupado respondeu: - calma, não te aflijas, daqui a 20 anos o rei já pereceu, o camelo já morreu, e o povo já esqueceu...

          E aqui termina essa estória, que serve para ilustrar um fato comum hoje em dia, principalmente por parte daqueles políticos que prometem, prometem, o tempo passa e tudo cai no esquecimento, até por muito menos tempo!
"Viver é uma arte..."

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

O SABIO E O JARDINEIRO


Ensinamentos Esotéricos

          Vou contar uma estória que ouvi contar.  Dizem que esta estória era contada pelos antigos iniciados nas Escolas de Mistério, isto é, Escolas de ensinamentos Esotéricos. 


          ...Conta-se que há muito tempo, havia um rei muito poderoso, que tinha lá seus caprichos; gostava de lançar desafios, premiando quem pudesse responder a determinadas charadas, e castigando que não fosse capaz de decifra-las.

          Pois bem; certo dia, ordenou que chamassem um sábio do reino, para desafia-lo com três preguntas.  O sábio, levado então ao palácio, assim lhe falou o rei: - Gostaria que me respondesses, de acordo com a tua sapiência, oh, grande sábio, as seguintes perguntas:

          1) Com quantos cestos se pode medir a terra?
          2) Quanto em dinheiro, achas que eu valho?
          3) O que eu estou pensando agora?

          O sábio retrucou: - Majestade, realmente suas perguntas são difíceis de responder...
          Mas o rei lhe disse:
          - Não te aflijas, te dou um prazo até amanhã a esta mesma hora para que me respondas, ou não serás realmente grande, perante o reino.

          O sábio foi para casa, muito preocupado, pois sabia que se não respondesse àquelas perguntas, despertaria a ira do rei, e como castigo, ainda ficaria desmoralizado.  Chegando em casa, o sábio sentou-se num banco do seu jardim, e ficou pensativo...  Um homem muito humilde, que trabalhava para o sábio, cuidando do seu jardim, ao vê-lo assim, com ar de preocupação, indagou:

          - O que te aflige, grande sábio?  Me pareces preocupado...
O sábio então lhe confidenciou sua estória, repetindo as três perguntas formuladas pelo rei.  E o Jardineiro com toda calma, contestou:

          - Oh, grande sábio, com todo respeito, mas essas perguntas são muito fáceis de responder...
          - Como assim? Medir a terra?  Quanto vale o Rei?  O que se passa em sua cabeça?  Não, não me parecem perguntas que eu possa responder com facilidade.

          Mas o jardineiro insistiu: 
          - Olha, façamos o seguinte: amanhã, na hora marcada, eu irei no teu lugar e responderei a tais perguntas.  O sábio relutou um pouco, mas por fim aceitou a sugestão do seu servo.  E no dia seguinte, diante do rei, lá estava o servo disfarçado, vestindo uma espécie de toga e usando um capuz na cabeça.  O rei então fez a primeira pergunta:

          - Com quantos cestos se pode medir a terra?
O suposto sábio respondeu:
          - Majestade, depende do tamanho dos cestos: se forem igual à metade da terra, apenas dois cestos serão suficientes; mas se os cestos forem ao tamanho igual a 1/3 (um terço) da terra, três cestos serão suficientes; ou se forem iguais a 1/4 (um quarto), então quatro cestos serão necessários...

          O rei deu-se por satisfeito, e expressou a sua aprovação pela resposta. Disparou a segunda pergunta:
          - Quanto em dinheiro achas que eu valho?
          - Sua Majestade vale vinte e nove dinheiros.
Por essa resposta, o rei quis saber: - Por que vinte e nove dinheiros?

          - Ora Majestade, se Cristo Nosso Senhor, foi vendido por trinta dinheiros, V. Majestade é considerado em valor quase o mesmo que o sagrado Nosso Senhor Jesus Cristo...
O rei pensou, pensou, e deu o seu assentimento diante de tão cuidadoras resposta.  E, ávido de curiosidade, disparou a última pergunta:

          - Muito bem, grande sábio, o que eu estou pensando agora?
E o servo, retirando o capuz que lhe cobria a cabepça, respondeu: - Vossa Majestade pensa que está falando com o sábio, mas se engana; está falando com o jardineiro dele...

          Moral da estória:  na calma e na serenidade, pode-se encontrar soluções para problemas angustiantes.
Verdades são eternas, e é muito bom praticar a serenidade, principalmente no momento em que estamos vivendo uma intrépida e agitada NOVA ERA !




         

O MONGE E O ESCORPIÃO


Lição de Vida

          Gosto muito de ouvir e de contar estórias. Como esta do Monge e o Escorpião.  Estórias que nos fazem refletir sobre alguma lição de vida. Assim como nas Fábulas de Esopo, escritor grego de estorias muito antigas.  Estórias infantis, mas que ocultam grandes verdades simples.

          Certa vez, eu estava ouvindo uma emissora de radio (emissora local, de Resende-RJ).  O radialista em sua programação, contava a estória de um monge.  Não sei de onde ele tirou aquela estória, ou quem seria o seu autor, mas sensibilizou-me profundamente a bela mensagem que transmitia..

          Baseado nesta lembrança, vou recontar a estória que ouvi, desejando apenas difundir a sua mensagem, o que certamente era a intenção do autor.

          ... Conta-se que um monge e seu discípulo, caminhavam por uma floresta.  Ao chegarem num riacho, o monge notou que um escorpião estava sendo arrastado pela forte correnteza daquelas águas cristalinas, mas tortuosas, por entre pedras e pedregulhos. O escorpião tentava em vão se firmar nas pedras escorregadias, mas era sempre arrastado pela força das águas.

          O monge pegou então um pequeno galho seco, e estendeu-o como apoio  ao escorpião, para salva-lo das águas.  O escorpião salvo, todavia, tentou atacar o monge, com sua picada venenosa. No susto, o monge deixou o escorpião cair novamente nas águas do riacho. Bondosamente, o monge estende outra vez o galho seco, para salvar o escorpião.

          O seu discípulo, vendo aquilo, diz ao monge:
          - Mestre, deixe que esse animal peçonhento se afogue; o senhor tenta salva-lo e ele lha retribui tentando ataca-lo...
          Mas o monge responde então ao discípulo:
          - Não, meu caro, eu vou salva-lo.  O escorpião simplesmente está agindo segundo a sua natureza, e eu estou agindo de acordo com a minha.

          Aqui termina esta pequena estória, que serve para ilustrar que a natureza humana é assim; cada qual reage, segundo os valores que tem dentro de si.
F  I  M