segunda-feira, 18 de setembro de 2017

ANFITRIÃO


Mitologia grega

          Segundo nossos dicionários da língua portuguesa, a palavra "Anfitrião", significa: s.m. oferecedor de uma festa;  aquele que paga as despesas de uma festa; aquele em casa de quem se janta ou que paga as despesas de um festim.


          Muito bem, mas certos dicionários trazem também: "Anfitrião": s.m. personagem da Mitologia... (não é muito simpático o significado mitológico decorrente...).

          Mas o comentário que vamos desenvolver nesta oportunidade, foi sugerido (embora não intencionalmente), pelo meu amigo Floramante, amigo de Passa Quatro e também do Facebook.  Ele me passou uma mensagem pelo Whatsap, me perguntando: - você conhece o significado de Anfitrião?

          Pensei comigo: claro, todo mundo conhece... mas em seguida, o meu amigo explica o significado dessa palavra, segundo a mitologia grega.  O Floramante me revelou certa vez, que tem o costume de ler muito, e essa estória (do Anfitrião), ele deve ter colhido como fruto de suas leituras. 

          Congratulo-me com ele, pois ler é um bom exercício; desenvolve e faz bem ao nosso intelecto e nos leva a uma viagem cultural muito grande.  Mas vamos ao nosso tema, Anfitrião.  A origem dessa palavra, se esconde na Mitologia grega, desde tempos milenares. 

          Na mitologia grega, Anfitrião era o marido de uma linda donzela chamada Alcmena.  A trama se desenvolve na cidade de Tebas.  Tomado de amor por Alcmena, Zeus (o principal deus da mitologia), assume a aparência do seu marido, o general Anfitrião, e desfruta dos encantos de Alcmena, seduzindo-a, enquanto o verdadeiro Anfitrião, se encontra ausente, comandando as legões tebanas na guerra contra os inimigos da pátria.

          O maior dos deuses (Zeus) é auxiliado nesse ardil por Mercúrio (outro deus do Olimpo), que por sua vez, toma a forma de Sósia do escravo de Anfitrião.  Mas, quando retornam vitoriosos da guerra, Anfitrião e o escravo se defrontam com as respectivas réplicas, o que dá motivo para uma sucessão de mal-entendidos e uma verdadeira confusão de identidades.  

          Anfitrião acusa sua mulher de adultério.  Mas no fim, tudo foi esclarecido pelo próprio Zeus, e o traído Anfitrião ainda ficou contente por ser marido de uma mulher, "escolhida" por um deus (!?). Daquela  noite de amor nasceu o semideus Hércules.  E a partir daí, o termo anfitrião passou a ter o sentido de "aquele que recebe em casa", e esse significado vigora até hoje. 

          Em outras palavras, Anfitrião é sinônimo de "Corno Manso e Feliz" !  Portanto cuidado, quando disserem que você é um bom anfitrião, fique de orelha em pé; nunca se sabe a intensão que se esconde por trás de um "Mito".  Cultura demais é uma droga, como disse o meu amigo Floramante.
Mitologia



quinta-feira, 7 de setembro de 2017

EXEMPLO DE VIDA


Emocionante

          Brasileirismo, também é contar estórias.  Pode ser uma narrativa verídica ou ficção. Fábula, dá uma ideia de contos infantis, ou pode ser também uma Parábola.  Mas não deixa de ser interessante. Contar estórias é ser brasileiro, é transmitir uma energia boa e agradar as pessoas .  É o que gosto de fazer, ou não estaria dissertando neste Blog.


          Tenho um amigo de velhos tempos, chamado Floramante.  De vez em quando ele me conta uma estória.  Como esta que agora vou recontar.  Trata-se como ele disse, de um "Exemplo de Vida". Disse também, que o final da estória é emocionante.  Vou contar.

          Essa estória se passou no interior de uma Igreja, em Copacabana-RJ, durante uma missa de domingo.  Um padre, chamado Eusébio, ao final de sua homilia (sermão), perguntou aos fiéis:  - Quantos de vocês estão dispostos a perdoar seus inimigos?

          A maioria levantou a mão.  Mas, para reforçar a sua visão dos fiéis, ele repetiu a pergunta, e então ele percebeu que todos levantaram a mão, menos uma pobre velhinha que estava na segunda fileira, apoiada no banco da frente, e auxiliada por uma enfermeira particular. 

          E o padre, um pouco surpreso, perguntou:  -  E a senhora, Dona Mariazinha, não está disposta a perdoar seus inimigos?  -  Eu não tenho inimigos, respondeu a velhinha.  E o padre, admirado com a resposta, carinhosamente lhe disse:  -  Mas isto é muito raro, Dona Mariazinha, mas que beleza, quantos anos a senhora tem?  -  98 anos, ela respondeu.

          Os fiéis então aplaudiram de pé, ante a resposta da velhinha.  E o padre continuou:  -  Dona Mariazinha, será que a senhora poderia vir até aqui na frente, e contar para todos nós, como se vive 98 anos e sem inimigos?  -  Com prazer, disse ela.

          E a velhinha se dirigiu lentamente, com certa dificuldade até o altar, amparada pela sua enfermeira, ajustou o microfone com as mãos trêmulas, e de frente para os fiéis, todos visivelmente emocionados, ouviram a velhinha dizer,  em tom solene:
 - É porque já morreram todos, aqueles filhos da puta!

          Moral da estória: Fala sério, amigo Flora. Vc só pode estar de Brinks comigo!



   

sábado, 2 de setembro de 2017

A CIGARRA E A FORMIGA


Versão da Fábula de La Fontaine

          Jean de La Fontaine, escritor francês, autor de muitas fábulas.  Suas estórias foram escritas lá pelos anos mil seiscentos e pouco, mais ou menos.  Destacam-se entre suas obras, as seguintes fábulas:  "A Cigarra e a Formiga",  "O Leão e o Rato", entre outras.  Gosto de estórias.  Fazem bem ao nosso espírito.  Vou apresentar uma versão interessante e divertida de "A Cigarra e a Formiga".  Uma estória que me contou o meu dileto amigo Floramante, amigo e colega de Passa Quatro-MG.


          ... Era uma vez, uma formiguinha e uma cigarra.  Elas eram muito amigas.  Durante o outono, a formiguinha trabalhou sem parar, armazenando comida para o período do inverno.  Não aproveitava o sol, nem a brisa da tarde, e nem mesmo uma cervejinha com os amigos de vez em quando. Não, para a formiguinha, era só trabalho. 

          Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar nas rodas de amigos e nos bares da cidade.  Cantou durante todo o outono, dançou, aproveitou o sol, curtiu prá valer sem se preocupar com o inverno que estava chegando.  Passados alguns dias, começou a esfriar.  Era o inverno que estava começando. 

          A formiguinha, exausta de tanto trabalhar, entrou para a sua singela e aconchegante toca, repleta de comida para enfrentar o inverno.  Mas, do lado de fora, alguém chamava pela formiguinha. E quando abriu a porta para ver quem era, a formiguinha teve uma surpresa com o que viu:  sua amiga cigarra, estava dentro de uma Ferrari amarela e com um aconchegante casaco de visom. 

          A cigarra então disse para a formiguinha: - Olá amiga, vou passar o inverno em Paris.  Será que você poderia cuidar da minha casa?  E a formiga respondeu: - claro, sem problemas!  Mas me diga, o que aconteceu?  Como você conseguiu dinheiro para ir a Paris e comprar essa Ferrari?

          E a cigarra respondeu: - Imagine você, que eu estava cantando em um bar na semana passada e um produtor de shows gostou da minha voz.  Daí, fechei um contrato de seis meses para fazer show em Paris.  A propósito, a amiga deseja alguma coisa de lá? 

          - Desejo sim, respondeu a formiguinha.  Se você encontrar o La Fontaine por lá, manda ele ir para a "Puta que pariu !!!".
Moral da estória:  aproveite a sua vida, saiba dosar o trabalho e o lazer, pois trabalho em demasia só traz benefícios nas fábulas de La Fontaine.
Jean de La Fontaine