domingo, 3 de fevereiro de 2019

VIDA LOUCA


Coisa de louco

          Quando ninguém olha quando você passa, você logo acha: "eu estou carente", "eu sou manchete popular". Estou cansado de tanta babaquice.  Desta eterna falta do que falar.  Vida louca vida, vida breve.  Já que eu não posso te levar, quero que você me leve... (Palavras de Cazuza, em sua música "Vida Louca".)


          Enquanto você, se esforça pra ser, um sujeito normal.  E fazer tudo igual.  Eu do meu lado, aprendendo a ser louco, um maluco total, na loucura real.  Controlando a minha maluquez, misturada com a minha lucidez.  Vou ficar com certeza, maluco beleza... (Palavras de Raul Seixas, em sua música "Maluco Beleza").

          Os imperadores da Roma antiga, aprontaram de tudo: desde a nomeação de um cavalo para um alto cargo político, ao assassinato de mães, pais, irmãos... Loucuras difíceis até de serem diagnosticadas pelos médicos especialistas.  Nero, por exemplo, jamais seria acusado de nepotismo, ou seja, de beneficiar os parentes.  Ele foi responsabilizado pela morte de sua própria mãe, de sua primeira esposa e de ter mandado envenenar um meio irmão.

          Mas, todas essas loucuras, já ultrapassadas, nada representam perto do que poderíamos dizer a respeito do nosso mundo político moderno, era petista.  Não vou entrar em detalhes.  Nem é bom falar.  Eu vou amenizar este assunto, versificando algumas loucuras da vida, porém de maneira muito suave, usando de metáforas sugestivas, para que possamos esquecer desta imundice política. 

CORRIDA DA VIDA
(Guilherme Köhn)

O mundo é uma grande corrida,
sem tempo pra descansar;
e quem fica parado na vida,
não pode muito alcançar. 

Na maratona desta vida, 
como louco estou correndo;
e vencer esta corrida, 
eu também estou querendo.

Por todos os cantos da vida,
eu vejo pessoas correndo;
como se uma grande corrida, 
estivessem todos perdendo. 

Na maratona da vida,
o atleta tem que ser bom;
é uma estrondosa corrida, 
quase veloz como o som.

Muita gente nesta vida, 
hoje em dia tão agitada;
participa de uma corrida, 
mas não muito organizada.

No corre-corre da vida, 
dê uma chance ao amor;
entre nessa corrida, 
pisando o acelerador

Esta vida é um autódromo,
no Grande Prêmio Felicidade;
e a ganância a 300 quilômetros, 
vai aumentando a velocidade. 
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Casino da Vida
CASINO DA VIDA
(Guilherme Köhn)

O amor é um jogo arriscado, 
no grande cassino da vida;
um prêmio tão cobiçado
uma luta nunca vencida.

     Passei minha vida jogando,
     na grande Roleta do Amor;
     e a sorte sempre raspando,
     nunca me fez ganhador.

O jogo do amor é gostoso, 
e a gente nunca percebe;
que às vezes é perigoso, 
se dá mais do que recebe.

     Façam seu jogo senhores,
     na grande Roleta da Vida;
     joguem todos, seus amores,
     que a sorte está prometida.

Para ser feliz um pouquinho, 
apostei na felicidade;
mas o inocente joguinho,
só deu tristeza e saudade.

     A vida é uma grande Roleta,
     com duas cores fatais;
     a morte, que tem a cor preta,
     e vermelho, os venenos mortais.

Também no amor há trapaça,
há tantos falsos amores;
é um vício que ameaça,
os incautos jogadores.

     Em jogos de amor me tornei,
     um fanático jogador;
     e se muitas vezes ganhei,
     sou agora um perdedor.

Me parece a gente que joga, 
o faz por divertimento.
Mas o jogo é sempre uma droga,
nunca a ninguém deu sustento.

     São ingredientes do jogo,
     dinheiro, paixão e bebida;
     queimando os homens no fogo, 
     do grande Casino da Vida.
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Vida de Boêmio





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